Pode sim, desde que deixem bem definido o seu lado. Todos se dizem imparciais, defendendo os princípios democráticos e ética política, sendo que na verdade defendem seus pontos de vista e interesses corporativos, sem contar as ligações espúrias, tal como vi recentemente, quando o poder público os facilita com terrenos para instalação de seus prédios, promoção de espetáculos, com gordas inserções publicitárias, alguns grupos de comunicação. Ah, todos se autoaclamando "éticos".
Se for a imprensa que não dependa de outorga para explorar as ondas hertzianas, eu até acredito que a imprensa deve, sim, tomar partido, para ser honesta e sincera com o público. Nesse grupo incluo jornais, revistas, TVs fechadas e todo e qualquer endereço da Internet.
Absurdo é as rádios e TVs abertas tomarem partido. Esses, sim, devem ser impedidos a todo custo.
A "objetividade", mais das vezes, dribla o criticismo do leitor, naturaliza as notícias, faz com que elas sejam lidas como índices do real. Esse "simulacro de verdade" tem sido usado para camuflar as ideologias envolvidas tanto na seleção quanto na construção das notícias. Já que a objetividade REAL é impossível, que os sujeitos saiam de seus esconderijos e mostrem a cara.
"Dez dias que abalaram o mundo", do John Reed, tem teor notadamente comunista, e nem por isso acabamos doutrinados ou mal informados sobre a revolução bolchevique, porque o leitor não é subestimado: Reed sabe que podemos concordar ou discordar. Ele apenas não finge que é neutro. E isso é bom. Que os veículos se mostrem.
Silvana - 14 years ago
Já que os veículos vão, de qualquer maneira,tomar partido, nada melhor que assumirem isso publicamente. Pelo menos o eleitor fica alerta.
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Pode sim, desde que deixem bem definido o seu lado. Todos se dizem imparciais, defendendo os princípios democráticos e ética política, sendo que na verdade defendem seus pontos de vista e interesses corporativos, sem contar as ligações espúrias, tal como vi recentemente, quando o poder público os facilita com terrenos para instalação de seus prédios, promoção de espetáculos, com gordas inserções publicitárias, alguns grupos de comunicação. Ah, todos se autoaclamando "éticos".
Se for a imprensa que não dependa de outorga para explorar as ondas hertzianas, eu até acredito que a imprensa deve, sim, tomar partido, para ser honesta e sincera com o público. Nesse grupo incluo jornais, revistas, TVs fechadas e todo e qualquer endereço da Internet.
Absurdo é as rádios e TVs abertas tomarem partido. Esses, sim, devem ser impedidos a todo custo.
Estou cada vez mais convicto de que a melhor maneira de se ser imparcial, é não esconder de que lado se está.
A "objetividade", mais das vezes, dribla o criticismo do leitor, naturaliza as notícias, faz com que elas sejam lidas como índices do real. Esse "simulacro de verdade" tem sido usado para camuflar as ideologias envolvidas tanto na seleção quanto na construção das notícias. Já que a objetividade REAL é impossível, que os sujeitos saiam de seus esconderijos e mostrem a cara.
"Dez dias que abalaram o mundo", do John Reed, tem teor notadamente comunista, e nem por isso acabamos doutrinados ou mal informados sobre a revolução bolchevique, porque o leitor não é subestimado: Reed sabe que podemos concordar ou discordar. Ele apenas não finge que é neutro. E isso é bom. Que os veículos se mostrem.
Já que os veículos vão, de qualquer maneira,tomar partido, nada melhor que assumirem isso publicamente. Pelo menos o eleitor fica alerta.